Gosto de viver na solidão das coisas, é como se todas fossem minhas...
Sei olhar ao céu azul e sorrir lhe, pelo azul mais que azul, ele reflecte-me um sorrir de arrepio e é assim que sei ser harmonia. O meu céu azul pode ser tanto que me faz chorar: eu digo lhe bom dia e ele acena-me a minha existência.
Sei escotar contos de sons, porque todos os instrumentos contam histórias, é só preciso que alguém os queira escutar. É a minha amizade com o transcendente universo de além...
Sei ver a melancolia da rosa vermelha, a paixão que morre num frasco de água, aconcehgo a sua efemeridade e sinto-me triste porque partem, tanto quanto os amores desta terra.
E tudo isto me maravilha e tudo isto sou eu: o céu azul mais que azul, as histórias nos sons, as rosas vermelhas. Somos o pedaço do mundo que moldamos.
E no entanto, dói-me o ser sozinha, não no viver das coisas, mas no viver dos outros, que me olham e julgam-me transparência e me atravessam como uma porta aberta de passagem.
quinta-feira, novembro 27, 2008
Rabiscado por Apple à(s) 7:35 da tarde 0 pegadas
domingo, outubro 26, 2008
Acha-se sempre que se diz tudo num só verso e que as palavras que proferimos, se escutadas, servem para todo o universo pensado e desejado a transmitir.
E mesmo dizendo tudo fica sempre um tanto escondido, é verdade!
Acreditas que há palavras ditas nas pálpebras dos meus olhos, no ruído mudo do gesto que faço por te ver? São tantas as que nadam no castanho do minha íris que anseia escusadamente por um entendimento inato, como se só me olhando já o soubesses, como se nos teus olhos também visse palavras.
E contudo, ainda se só os meus olhos fossem, ainda se não houvesse todo o meu corpo a segregar o desejo de te ter perto e falar pele a pele, que mais que não fosse num abraço. Mas, são as minhas mãos que chamam as tuas e é o meu coração que corre veloz para dourar o meu rosto do sorriso de te ver tão perto…
Rabiscado por Apple à(s) 9:21 da tarde 1 pegadas
sexta-feira, setembro 05, 2008
Nesta musica encanta-me a letra. Se um dia alguem ma puder cantar, sentida, então não há muito mais que pedir.
Rabiscado por Apple à(s) 9:23 da manhã 0 pegadas
Rabiscado por Apple à(s) 8:58 da manhã 1 pegadas
segunda-feira, julho 28, 2008
Rabiscado por Apple à(s) 8:55 da manhã 0 pegadas
sexta-feira, julho 25, 2008
De mim para ti.
Rabiscado por Apple à(s) 1:42 da tarde 0 pegadas
De ti para mim.
Poema de Eugénio de Andrade
Rabiscado por Apple à(s) 1:25 da tarde 0 pegadas
quinta-feira, julho 24, 2008
10 Things I Hate About You
I hate the way you talk to me,
And the way you cut your hair.
I hate the way you drive my car,
I hate it when you stare.
I hate your big dumb combat boots
And the way you read my mind.
I hate you so much it makes me sick,
It even makes me rhyme.
I hate the way you’re always right,
I hate it when you lie.
I hate it when you make me laugh,
Even worse when you make me cry
I hate it when you’re not around,
And the fact that you didn’t call
But mostly I hate the way I don’t hate you,
Not even close…
Not even a little bit…
Not even at all.
Rabiscado por Apple à(s) 8:21 da tarde 0 pegadas
quarta-feira, julho 16, 2008
Estou diante o mar, manto de água cristalina, que, contudo, me afoga os horizontes.
Onde está a ilha prometida? O pedaço de terra que os naufragos sonharam e chamaram paraíso?
Todo este mar azul e o som das ondas oscilantes, mais nada.
Mas, erguendo-me vejo além, distante, todavia vivo, um ponto finito. É Ela: a luz, a descoberta, a virgem nascida, o sonho prometido, a Ilha.
A minha ilha de pensamentos nascidos que, mais que ideias abstractas, são sonhos e desejos queridos.
Vou saltar para o mar, com o tempo haverei de lá chegar..
Rabiscado por Apple à(s) 9:09 da tarde 0 pegadas
terça-feira, julho 01, 2008
Desistir? Que se cansem os outros, que procurem novas terras, novos ares, que eu cá me fico. Teimosia? O que for, tudo menos ingenuidade. O vento sopra, o mar é agreste, por onde se alcança porto seguro que não se avista? Na envergadura deste barco, já naufragaram todos os marinheiros.
Só, mas confiante, que em toda a tempestade vem a bonança...
Desistir? Que sejam os outros, eu não!
Rabiscado por Apple à(s) 1:07 da manhã 0 pegadas
quarta-feira, junho 25, 2008
Rabiscado por Apple à(s) 9:40 da tarde 1 pegadas
Rabiscado por Apple à(s) 8:57 da tarde 0 pegadas
terça-feira, junho 24, 2008
Rachmaninoff Prelude Op. 23 No. 7 and No.5/ Moment Musical 4
Bem dito Rachmaninoff.
Rabiscado por Apple à(s) 10:30 da manhã 0 pegadas
sábado, junho 21, 2008
Rabiscado por Apple à(s) 5:21 da tarde 1 pegadas
Rabiscado por Apple à(s) 4:51 da tarde 0 pegadas
domingo, junho 15, 2008
Boa sorte. (A minha forma de desejar a todos um bom exame.)
Rabiscado por Apple à(s) 8:58 da tarde 0 pegadas
quinta-feira, junho 12, 2008
Fernando Pessoa, Mensagem, Nevoeiro
Define com perfil e ser Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer -
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quere.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!
Rabiscado por Apple à(s) 8:32 da tarde 0 pegadas
quarta-feira, junho 11, 2008
Rabiscado por Apple à(s) 7:58 da tarde 0 pegadas
quinta-feira, junho 05, 2008
Na Fábrica Do Nada
Rabiscado por Apple à(s) 8:33 da tarde 0 pegadas
segunda-feira, junho 02, 2008
Rabiscado por Apple à(s) 7:15 da tarde 0 pegadas
domingo, maio 18, 2008
Rabiscado por Apple à(s) 2:21 da manhã 1 pegadas
Yann Tiersen - La Dispute
Há memórias que vagueiam por mim como gatos pardos que a noite esconde. De uma vez por outra, quando caminho na multidão e sem querer abstraio-me até do meu respirar metódico, vejo-as diante de mim. Já foram gatafunhos escarlates e dolorosos, já me fizeram chorar só por me sorrirem...hoje, se é por não saber de mim, já me estendem a mão e eu não choro. Só o travo amargo.
Rabiscado por Apple à(s) 2:16 da manhã 0 pegadas
sábado, abril 26, 2008
A humilde lição que Aprendi
Nunca se sabe quando o pensamento vem claro até nós. O que o tempo nos ensina, tantas vezes, é que tudo se assemelha a areias movediças de formas diferentemente constantes, os segundos são arranjos de situações inesperadas e nunca calculadas e tudo parece um golpe de probabilidade aleatória, demasiado assustadora para que nos possamos debruçar convenientemente, sem fugir a sete pés. A verdade, claro está, é que por mais que as circunstâncias e suas conjecturas "adornem" o que nos chegua até à palma da mão, em ultmima instância é o nosso livre arbítrio que determina o que nos é dado. Como diz a minha Mariana, é infeliz quem o quer ser, a vida é miserável para quem a quer miserável...nem mais!
Com 18 anos feitos, tenho sempre comigo esta tendência melancólica e uma mordaça que me prende a vista e as mãos: não sei ver quem sou. Aos espelhos que o meu reflexo se mostra, vejo-me sempre digna de tão pouco, como se só a miséria fosse bem vinda...fui aprendendo a gostar da pena que sinto por mim e de sobreviver no desespero. De auto-estima pouco tenho e por me ver sempre este esboço riscado, não serve rigorosamente de nada as palavras de animo alheias, porque por mais verdadeiras que possam ser, simplesmente nunca as enxergo como honestas. Assim, habituei-me a esta identidade de menina frágil, desajeitada, gorda e feia, que sempre chora caso algo fuja do esperado. Aos 18 anos, é ainda aqui que estou, pairando e "Chafurdando em auto-comiseração", por isso, ainda hoje chorei, ainda hoje pedi não existir, desejei definhar e acreditar que da minha ausência ninguém notaria. Aparentemente, não há nada mais que me satisfaça. E sou "parva", como ainda hoje o meu pai mo disse, fiz um grande favor em deixar o Pedro, pois "assim como és Ana, não há quem aguente!"...Talvez. Sei que o diz porque me quer ver como o copo inquebrável e racional que é...Não sei se alguma vez o serei e suponho que a questão nem seja bem essa, mas sim se o quero ser...com isso preocupar-me-ei depois, eventualmente deixarei de ser tão perecível, uma coisa de cada vez certo? Como diz a Cátia, não posso querer subir a escadaria de um só folgo, sem passar por cada um dos degraus. Chegamos à primeira lição humilde do dia: Tenho de aprender a ser paciente, serenamente paciente. Vai custar, mas tem de ser. Vamos lá, um dia de cada vez...
Ainda assim, o que de mais importante me aterrou como óbvio aos pés, enquanto cambaleava por Algés, ainda embebida em lágrimas, foi que a grande responsável pelo fim da relação com a pessoa que mais amei, e eventualmente a única que amarei tanto, fui eu! Não o digo na minha qualidade de atracção pelo sofrimento e mutilação, mas na forma mais objectiva e sem anestesia que o posso fazer. Boicotei o que de melhor tinha na minha vida, pelo simples facto de não me achar suficientemente digna para tal, pelo simples facto de me achar despresível. Sei que grande parte do tempo não o fiz conscientemente, mas sei hoje que o fiz. E por isso, surgiu toda a insegurança que aumentava com as coisas mais banais: como mensagens não respondidas no segundo exacto. Veio, então, por associação, a necessidade de demonstrações exurbitantes de afecto que logicamente nem sempre se podem dar, caso contrário é estar a exigir demais. Não é porque as pessoas não nos amam da forma que queremos, que significa que não nos amem com tudo o que podem. Ora, eu era incapaz de entender isso.
A verdade é mesmo esta: é URGENTE gostarmos de nós mesmos, para podermos ser amados!
Tenho consciencia que aperceber-me de tudo hoje, com 18 anos feitos, não é mau de todo...há quem passe uma vida inteira sem o admitir...a questão foi que pela minha inexistência de amor próprio perdi quem de mais importante tinha na vida: O Pedro. Dói, dói muito, demais para o poder quantificar...crescer dói. Talvez agora seja tarde demais...sei que sempre me vai doer o ter deixado ir, pois que ele é...ele é MUITO. Mas sei que é disso que tenho de fugir: dos pensamentos que me levam à saudade e desespero, às noites mal dormidas...Tenho quem precise de mim, neste momento, e assim como estou não ajudo ninguém. Lá vem de novo a paciência, uma coisa de cada vez..agora é olhar-me e descobrir o que os outros de bom vêem em mim, amar-me, depois acolher quem está gritando por ajuda e eu quero acudir e não tenho tido como..
Depois, se o universo me perdoar, talvez, quem sabe...talvez um dia...
("Le Moulin"- Yann Tiersen- Vídeo retirado do YouTube)
Rabiscado por Apple à(s) 10:10 da tarde 2 pegadas
quinta-feira, abril 17, 2008
Littlest Things
Sometimes i find myself sittin' back and reminscing
Especially when i have to watch other people kissin'
And i remember when you started callin' me your miss's
All the play fightin', all the flirtatious disses
Id tell you sad stories about my childhood
I dont know why i trusted you but i knew that i could
We'd spend the whole weekend lying in our own dirt
I was just so happy in your boxers and your t-shirt
Dreams, Dreams
Of when we had just started things
Dreams of you and me
It seems, It seems
That i cant shake those memories
I wonder if you have the same dreams too.
The littlest things that take me there
I know it sounds lame but its so true
I know its not right, but it seems unfair
That the things are reminding me of you
Sometimes i wish we could just pretend
Even if for only one weekend
So come on, Tell me
Is this the end?
Drinkin' tea in bed
Watching DVD's
When i discovered all your dirty grotty magazines
You take me out shopping and all we'd buy is trainers
As if we ever needed anything to entertain us
the first time that you introduced me to your friends
and you could tell i was nervous, so you held my hand
when i was feeling down, you made that face you do
there's no one in the world that could replace you
Dreams, Dreams
Of when we had just started things
Dreams of me and you
It seems, It seems
That i cant shake those memories
I wonder if you feel the same way too
The littlest things that take me there
I know it sounds lame but its so true
I know its not right, but it seems unfair
That things are reminding me of you
Sometimes i wish we could just pretend
Even if for only one weekend
So come on, Tell me
Is this the end?
Rabiscado por Apple à(s) 7:49 da tarde 0 pegadas
Rabiscado por Apple à(s) 7:29 da tarde 0 pegadas
quarta-feira, abril 16, 2008
Rabiscado por Apple à(s) 8:34 da tarde 0 pegadas
quarta-feira, abril 02, 2008
Sweeney Todd-Johanna II
"Goodbye, Johanna
You're gone, and yet you're mine
I'm fine, Johanna, I'm fine"
"You stay, Johanna
Johanna
The way I dreamed you were
Oh look, Johanna, a star
Buried sweetly in your yellow hair
A shooting star"
"And though I'll think of you I guess, until the day I die,
I think I miss you less and less as every day goes by
Johanna"
"If only angels could prevail we'd be the way we were
Johanna"
Rabiscado por Apple à(s) 8:08 da tarde 0 pegadas
quarta-feira, março 26, 2008
Chove. Sentes?
Chove-me um chorar gélido de lágrimas ansiosas e de angústia. Que arrepio é este que sinto? Está frio por me chover e chove-me por andar deambulando só pela metade. Vês estas gotas desfeitas ao tocarem no chão? Olha para mim e para elas. Que diferença pode haver?!
(Vídeo retirado do YouTube)
Rabiscado por Apple à(s) 11:23 da manhã 1 pegadas
terça-feira, março 25, 2008
"Lisbon Revisited (1926)"- Álvaro de Campos
Quero cinquenta coisas ao mesmo tempo.
Anseio com uma angústia de fome de carne
O que não sei que seja -
Definidamente pelo indefinido...
Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto
De quem dorme irrequieto, metade a sonhar.
Fecharam-me todas as portas abstractas e necessárias.
Correram cortinas de todas as hipóteses que eu poderia ver da rua.
Não há na travessa achada o número da porta que me deram.
Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota.
Até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados.
Até a vida só desejada me farta - até essa vida...
Escrevo por lapsos de cansaço;
E um tédio que é até do tédio arroja-me à praia.
Não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme;
Não sei que ilhas do sul impossível aguardam-me naufrago;
ou que palmares de literatura me darão ao menos um verso.
E, no fundo do meu espírito, onde sonho o que sonhei,
Nos campos últimos da alma, onde memoro sem causa
(E o passado é uma névoa natural de lágrimas falsas),
Nas estradas e atalhos das florestas longínquas
Onde supus o meu ser,
Fogem desmantelados, últimos restos
Da ilusão final,
Os meus exércitos sonhados, derrotados sem ter sido,
As minhas cortes por existir, esfaceladas em Deus.
Cidade da minha infãncia pavorosamente perdida...
Cidade triste e alegre, outra vez sonho aqui...
E aqui tornei a voltar, e a voltar.
E aqui de novo tornei a voltar?
Ou somos todos os Eu que estive aqui ou estiveram,
Uma série de contas-entes ligados por um fio-memória,
Uma série de sonhos de mim de alguém de fora de mim?
Com o coração mais longínquo, a alma menos minha.
Transeunte inútil de ti e de mim,
Estrangeiro aqui como em toda a parte,
Casual na vida como na alma,
Fantasma a errar em salas de recordações,
Ao ruído dos ratos e das tábuas que rangem
No castelo maldito de ter que viver...
Sombra que passa através das sombras, e brilha
Um momento a uma luz fúnebre desconhecida,
E entra na noite como um rastro de barco se perde
Na água que deixa de se ouvir...
Mas, ai, a mim não me revejo!
Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico,
E em cada fragmento fatídico vejo só um bocado de mim -
Um bocado de ti e de mim!...
Rabiscado por Apple à(s) 9:21 da tarde 0 pegadas
domingo, março 16, 2008
Diários (sós)
Rabiscado por Apple à(s) 2:04 da tarde 0 pegadas
quinta-feira, março 06, 2008
Extractos: "A Tabacaria" - Álvaro de Campos
Rabiscado por Apple à(s) 8:25 da tarde 0 pegadas
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Rabiscado por Apple à(s) 10:51 da tarde 0 pegadas
segunda-feira, fevereiro 04, 2008
Rabiscado por Apple à(s) 9:58 da tarde 0 pegadas
Rabiscado por Apple à(s) 9:29 da tarde 0 pegadas
sábado, janeiro 26, 2008
Rabiscado por Apple à(s) 8:38 da tarde 1 pegadas