segunda-feira, junho 02, 2008


O que existe entre mim e Ela é este sabor amargo que a torna tão tua e eu tão alheia. Não entendo a graça da ingenuidade programada e os gestos meticulosamente estudados para, aos poucos e sorrateiramente, roubar-te mais que o suposto. Podemos continuar a jogar, eu lançarei os meus piões e os meus cavalos estarão apostos...diria até que se fosses rei, moveria todo um exercito junto para que o grito de guerra suado não fosse "Xeque-mate!". E, ainda assim, julgo que se perdesse todos os meus homens em combate, me despojassem, ficarias impavido e sereno, só porque se fez silêncio ao que de tanto fui...só para que seja dito, não é justo.

Vou amar-te, sim, esse é o meu eterno "Xeque-mate", face ao qual não há estratagemas e almas que me auxilíam.

Sou-te a noite e tu como dia, só poder-te-ía ser alheia e indesejada.