segunda-feira, agosto 27, 2007
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domingo, agosto 26, 2007
Caixinha de música
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Delírios de um dia Febril
Fazem me flutuar por entre nuvens de recordações, baralham-nas como cartas e servem os naipes conforme lhes dá gosto. Gostam das Copas e das Espadas.
“Sou um trapezista que percorre, sentado numa bicicleta, uma fina corda, tentando alcançar o outro lado: o lado das histórias.”; mas, eu estou deitado numa cama, mergulhado no cheiro nauseabundo da enfermidade…Quero não adormecer! Quero não me entregar aos fantasmas e sereias , eles levar-me-iam para tão longe, para um tempo já inexistente, extinto e abandonado… Não se vive no passado!
E, então, tu que chegas de lugar nenhum, poisas a tua mão fresca na minha testa quente e falas-me de praias além atlântico…falas, sabes que te oiço, bem perto? Estás aqui! Estás divertida nos meus cabelos e eu pergunto-te pelas tuas bolas de sabão…todavia, como me fazes ver, bolas de sabão só no pôr do sol, debaixo do beiral…de que casa? Oh, o que importa se me dás a mão e para lá me levas. Corremos os dois pela brisa e nas tuas bochechas coradas vejo as papoilas da nossa infância. E as “ladainhas” que se cantavam outrora ressoam-me ao ouvido, levando-me, de novo, para tão longe, onde tu não existes, onde eu aprendi a não ter tempo – ah, jogou-se, por fim, o às de espadas!
Por entre os meus dedos quebrados, nascem garras de leão e, contudo, pouco sinto o coração e cabeça leve de vazio põe-me a dormir…São acessos de febre, laivos de mim que escorrem por um fio.
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segunda-feira, agosto 20, 2007
A casa
Há uma casa que chora. Aos poucos vai-me engolir e serei, então, como as pessoas que a habitam...
Os gritos ecoam em mim, desenleio mãos e braços zangados, sou testemunha de palavras que não deveriam ser ditas, tremo por dentro e por fora. Naquela casa, vou endoidecer!
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sábado, agosto 18, 2007
O TEU GOLPE DE MISERICÓRDIA
(DIZEM QUE VERDE É A CÔR DA ESPERANÇA.)
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terça-feira, agosto 14, 2007
Rua Sesamo - O Super Gualter
Ao pedido da Élia e do Miguel: aqui têm, meus amigos..
Notem o tom de descontentamento que a rapariga expressa quando vê o Super-Gualter. Aqui para nós, nem sei porquê, o Super-Gualter salvou a situação mais uma vez! E da próxima vez que estiverem em apuros, especialmente se o vosso computador decidir "pifar", já sabem: Uga, Uga, Uga...
P.S- Tem de ser aos saltinhos! :P
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segunda-feira, agosto 13, 2007
domingo, agosto 12, 2007
O nosso livro (Florbela Espanca)
Rabiscado por Apple à(s) 1:03 da tarde 0 pegadas
Frieza (Florbela Espanca)
Os teus olhos são frios como as espadas,
E claros como os trágicos punhais,
Têm brilhos cortantes de metais
E fulgores de lâminas geladas.
Vejo neles imagens retratadas
De abandonos cruéis e desliais,
Fantásticos desejos irreais,
E todo o oiro e o sol das madrugadas!
Mas não te invejo essa indifrença,
Que viver neste mundo sem amar
É pior que ser cego de nascença!
Tu invejas a dor que vive em mim!
E quantas vezes dirás a soluçar:
"Ah, quem me dera, Irmã, amar assim!..."
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O Carteiro Gualter
Eu tenho de parar de pôr videos da Rua Sésamo...perdoem-me a nostalgia.
Mas, digam lá: não era bom serem atendidos pelo carteiro Gualter?
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sábado, agosto 11, 2007
Rua Sesamo - Gualter e a Festa de Anos
Cabidelaaaaa...
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Rua Sesamo - Gualter no Supermercado
Coitadinho do Gualter...Snif, snif,... :P
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Rua Sésamo: Recordação doce.
Por favor, ensinem-me o caminho da Rua Sésamo e deixem-me lá ficar!
Rabiscado por Apple à(s) 10:37 da tarde 2 pegadas
( )
Dizemos palavras só nossas, ninguém as entende. No nosso refúgiuo não se fazem castelos da areia, nem de cartas sumíticas, edificam-se catedrais sólidas e rochosas, que nos mantêm num mesmo coração!
E assim entrelaçámos um par de mãos, um par de lábios; e assim, eu brinco às escondidas nos teus beijos, por entre o teu corpo e tu pelo meu.
Assim, sim!
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Mistério (Florbela Espanca)
Rabiscado por Apple à(s) 9:08 da tarde 0 pegadas
sexta-feira, agosto 10, 2007
Não chove, não troveja nem relampeja em mim. Não há nada que me volte a fazer sentir...
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quinta-feira, agosto 09, 2007
Magnólias e Violinos
Não saía de casa, a sorte tinha-o brindado em ser o único sobrinho vivo de um tio que não tinha mais familia e que, assim, lhe havia deixado a furtuna imensa. A única ocasião que o fazia era para esvaziar a caixa de correio.
Gostava de cartas, na verdade, era o seu único prazer: adorava rasgar os envelopes, sentir o cheiro do papel e da cola que cerrava um presente perpetuado no tempo, adorava prever que palavras de lá sairiam, como sairiam e porque letra sairiam… “Ele” não só as amava, coleccionáva-as!
Certa vez, quando se apraltava para o seu ritual, reparou que por entre o molho de cartas usuais de bancos, água, luz e publicidade, se destacava uma letra miudinha e azul. Não tinha remetente e o destinatário não seguia o protocolo estipulado, antes disso podia se ler: “Para alguém…”.
Estranhou aquele envelope, tinha uma estranha forma e emanava um aroma de ortelã. Talvez fosse um desses mafarricos que nada mais tem para fazer que moer a vida, já gasta, dos outros, com partidas de roubar a paciência. No entanto, havia algo, naquela estranha letra, de encantador, de misterioso; estranhamente, sentiu o seu coração crepitar, só poderia estra a morrer, pensou, porque “Ele” não aprendera o vocábulo “emoção”.
Abriu a carta. Aquela letra miudinha e azulada transformara-se numa letra bicuda e vermelha e o aroma aducicado de ortelã num cheiro nausebundo a sangue; e, todavia, “Ele” não se assustou, fora embebido naquele feitiço duro e cruel, porque aquele alguém não havia escrito qualquer carta, havia escrito com a própria vida, toda e cada letra.
“ Não pertendia este fim. O prelúdio que se faz soar esta noite é toda uma mágoa à própria existência humana. É um descontentamento desmedido de uma racionalidade ilusória e impune faça à nossa brutalidade grotesca animal. Foi o que me aconteceu!
Outrora sabia crescer neste refugio natural, onde o céu ainda se enche de estrelas e a manhã se cobre de um manto verde e florido com magnólias. Sempre amei as magnólias e as estrelas e tudo teria sido perfeito se somente a elas me entregasse…ousei muito mais, desejei a musica, desejei o som daquele violino, desejei o amor de quem o tocava.
Tinha um esbelto encanto e uma soberba presença, poder-se-ia dizer que fora a melhor obra da Natureza!... Ensinava no conservatório, mas todos os fins de semana regressava à sua terra e em todas essas visitas trazia consigo o rechei de novas melodias.
Todos se orgulhavam dele, porque era o mais inteligente que havia, porque sabia tudo acerca de tudo e porque tocava aquele violino; era como se em cada música, aquele pedaço, de madeira e corda, a cada compasso, se metamorfizasse em forma humana. Então, com a devida licença, moldava em si o mais profundo gesto nosso, fezendo-nos Dós e Sis, Rés e Mis; uma odisseia pela alma huamana apaixonada.
Mas, se todos gostavam de escutar as notas do seu violino, eu gostava de venerar aquela alma, absorvia-me naquela existência e enaltecia aquela figura. Sem que soubesse, olhava-o tão profundamente e guardava-o dentro de mim, só para mim…
Passei a segui-lo secretamente, fazia de tudo para lhe fazer notar a minha presença; o que eu mais queria fosse que me tocasse na lívida pele, assim como as cordas daquele violino; eu seria, então a sua sinfonia…
Mas, com efeito, na sua pauta musical só tinha a força para ser a pausa, nunca a nota…
Amar apaixonadamente é um atentado à superioridade Humana! Instantaneamente, ela torna-se maestro e toda a conduta é dirigida em agudos dolorosos…a embuscada começa. A minha então não tardou: estava sucumbida a uma raiva pulsante que chorava um amor sem dono. Naquela noite, compus a sonata mais fabulosa de todas. Na manhã seguinte, procurei-o, levei-o até à floresta. Lá mostrei-lhe a minha obra e pedi que a tocasse. Assim o fez.
Toda a duranção de notas foi respeitada, desde as semi-colcheias às seminimas, a acentuação perfeita, as pausas exactas, e contudo não a soubera tocar! Seria preciso tão mais que um violino para o poder fazer…seria preciso um “amo-te”…e, isso, simplesmente não me poderia dar.
Fechei o compasso, terminei a sinfonia dolorosa com um punhal. Matei-o. Matei-me.
Escrevo agora, pelas ultimas gotas de sangue que me restam, que não há mais ridiculo nem mais poderoso que Amar…
Um beijo de quem parte…
Calam-se os violinos!”
“Ele” chamava-se Amadeu, lembrava-se agora, e nem sempre vivera assim. Fechara-se naquele casarão aquando da morte da sua mulher. Também ela gostara de magnólias e de olhar o céu. No fundo do sótão, ainda guardava todos os seus quadros. Nunca mais ousara tocar violino…ainda se recorda da manhã cinzenta, em que trifante, ela lhe oferecera aquele “stradivarios”. E sem saber escrevia agora estas letras inventadas, de uma história trágica, chamando por ela, saudando o final da sua estadia num mundo que não sabe amar. E porque ninguém já lá vai, quando o encontrarem, Amadeu já será o pó das estrelas, pintado no céu.
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SILÊNCIOS PRÓPRIOS
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sexta-feira, agosto 03, 2007
Paris Je T'Aime
É este amar que nos torna maiores que tudo!
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SÍNDROME DE STENDHAL
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Baile dos Morcegos
Rabiscado por Apple à(s) 9:50 da tarde 0 pegadas
"MANIFESTO"
Rabiscado por Apple à(s) 5:07 da tarde 0 pegadas