I
A criança que fui chora na estrada.
Deixei-a ali quando vim ser quem sou;
Mas hoje, vendo que o que sou é nada,
Quero ir buscar quem fui onde ficou.
Ah, como hei-de encontrá-lo? Quem errou
A vinda tem a regressão errada.
Já não sei de onde vim nem onde estou.
De o não saber, minha alma está parada.
Se ao menos atingir neste lugar
Um alto monte, de onde possa enfim
O que esqueci, olhando-o, relembrar,
Na ausência, ao menos, saberei de mim,
E, ao ver-me tal qual fui ao longe, achar
Em mim um pouco de quando era assim.
II
Dia a dia mudamos para quem
Amanhã não veremos. Hora a hora
Nosso diverso e sucessivo alguém
Desce uma vasta escadaria agora.
E uma multidão que desce, sem
Que um saiba de outros. Vejo-os meus e fora.
Ah, que horrorosa semelhança têm!
São um múltiplo mesmo que se ignora.
Olho-os. Nenhum sou eu, a todos sendo.
E a multidão engrossa, alheia a ver-me, Sem que eu perceba de onde vai crescendo.
Sinto-os a todos dentro em mim mover-me,
E, inúmero, prolixo, vou descendo
Até passar por todos e perder-me.
III
Meu Deus! Meu Deus! Quem sou, que desconheço
O que sinto que sou? Quem quero ser
Mora, distante, onde meu ser esqueço,
Parte, remoto, para me não ter.
sábado, setembro 29, 2007
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"AS GRUTAS" DE SPHIA DE MELLO BREYNER ANDERSEN
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Sentimentos (não) Inteligíveis
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domingo, setembro 09, 2007
La valse d'Amélie
A tez de ébano que te sorri e se aproxima lentamente..sentes a melodia tocando "fortíssimo" no teu coração, porque o tempo é apenas "pianíssimo", absorto naquela miragem de Deuses, naquele esplendor roubado à lua. E um beijo que vem, quase inesperado, com as estrelas em testemunha. Um beijo na candura de uma bonina em flor...Ela que sorri, encostando-se em teu peito e sentes a imponência frente à vida! Ali, agora és a terra que alimenta as magnólias com que a confundes, és a brisa que brinca nos seus cabelos negros, és a fragância que a embebe...A serenidade que te faz amar, amar tanto!E, de repente, um sussuro tímido, que te diz: "Também te amo!".
Eu sei...
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sábado, setembro 08, 2007
Quem se vê. Quem não se vê.
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O Sésamo
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Etiquetas: E
domingo, setembro 02, 2007
Pequininas partes da nossa realidade!
Oiço-te. Seguro-te a mão. Abraço-te. Digo que gosto de ti.
Oiço-te. Seguro-te a mão. Abraço-te. Digo que gosto de ti.
Oiço-te. Seguro-te a mão. Abraço-te. Digo que gosto de ti.
Tu gritas por ajuda. Deixas que te segure a mão. És abraçada. Ouves dizer-me que gosto de ti.
Tu gritas por ajuda. Deixas que te segure a mão. És abraçada. Ouves dizer-me que gosto de ti.
Tu gritas por ajuda. Deixas que te segure a mão. És abraçada. Ouves dizer-me que gosto de ti.
TU GRITAS POR AJUDA! NÃO DEIXAS QUE TE SEGURE A MÃO! NÃO QUERES SER ABRAÇADA! NÃO ACREDITAS QUE GOSTEM DE TI!
TU GRITAS POR AJUDA (PONTO).
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