quarta-feira, agosto 19, 2009

Diários II ( a UM)


I picked you out Of a crowd and talked to you*

"Com a última página do meu diário quero dizer-te (ADEUS). Fui homem de cortes limpos, precisos e sem cicatrizes, rápidos e (sobretudo) sem anestesias; dessa forma, para satisfazer múltiplas (minhas) emoções fatigadas, quis acreditar ser uma dessas ocasiões.

Your hands on me,
Pressing hard against your jeans Your tongue in my mouth Tryin to keep the words from comin out You didn't care to know Who else may have been here before


(E) Ainda assim, comprei-te a rosa que nunca chegarás a saborear o perfume: até o VERMELHO tem um tempo de vida, um prazo, até ser CASTANHO e SECO. Ocorre-me, neste instante (instante que nunca descobrirás), de que entre ti e as rosas sobram diferenças subtis...

Surges a todo o vigor de juventude, é um vermelho que ofusca a vista a quem se atreve a mirá-lo de frente ( ainda que o tenha feito e tu o estranhando (lembras-te?), disseste-me que nunca ninguém tos tinha olhado tão fundo). Então, de súbito, quando mais magnífico é segurar uma rosa, fazes-te de um castanho que se dissolve nas mãos para os interstícios invisíveis do espaço.

A história repete-se sem que a voz, os traços faciais ou a conduta dos variados floristas surja como factor preponderante para um futuro distinto. És uma rosa de espinhos (só para não amares ninguém).

I want a lover I don't have to love

Olívia, Olívia....só eu sei que tu mentes, só eu sei que lágrimas e dores da tua cor (VERMELHA) que juram não se repetir, fazem os teus espinhos. São as danças do toque e foge que te devolvem um sentido de controlo, que sorves momentaneamente com o maior alívio a haver. Faz-se o mundo inteiro vermelho (de SANGUE) por ti, Olívia, sem que nenhum deles te chegue perto.


E dói temer que nem correndo pelo mundo fora, nem no rosto de DEUS verás o teu peito em chamas discretas e felizes que conjugam um só verbo, que só então poderias falar: (AMAR).

Love's an excuse to get hurt
And to hurt...
Do you like to hurt?
I do, I do
Then hurt me
Then hurt me

E no meio de tudo isto, perdi o dom dos cortes precisos e decididos, porque amo uma rosa com espinhos (pobre Olívia, que não sabe que no mundo tais idiotas existem),

Didn't hurt me
It didn't hurt me It didn't hurt me It didn't hurt me It didn't hurt me

porque ADEUS são sempre (GERALMENTE) ATÉ BREVES.


Tomás."


O único final justo para dois melancólicos patéticos que se recusam(aram) a ser felizes. O meu Tomás. A minha Olívia.
Por isso, façam o favor de ser felizes! É a única forma de se saber amar...

* extractos da música "Lover I don't have to Love" de Bettie Serveert.

terça-feira, agosto 18, 2009

Ambrósia dos Deuses e o seu nome concrecto

O mundo dos antagonismos é labiríntico e caótico, mas é uma vez encontrada a versão intermédia (seja ela qual for...) que se entende a sua funcionalidade. Assim a saudade existe para te amar sempre mais e para quando te vir diante de mim e te abraçar fazê-lo como se segurasse o universo inteiro. Sei-te sempre maravilhosa, é como um silogismo categórico tão profundamente assertivo que não há forma de o contornar. É, no entanto, na distância que de novo me ressalta aqueles detalhes incríveis e que te fazem ser a minha pessoa.

Aprendi uma incontável tonelada de coisas contigo, sempre aprenderei, porque no nosso mundo crescemos de mãos entrelaçadas, com olhos postos na "alma" de cada uma. Tu conheces o meu "eu" de uma forma assustadora, por sua vez, eu conheço-te na medida necessária para me antecipar ao teu pensamento e verbalizá-lo permaturamente. Tu vives no meu sótão cerebral, o que tem por consequência saberes sempre exactamente o que me dizer em toda e qualquer situação (e é sempre tudo aquilo que eu preciso de ouvir), a pesar da rispidez das tuas palavras, projectadas em ângulos sinuosos e afiados, mas que tem um motivo de o ser : a toda e qualquer abstenção das "palmadinhas nas costas", por me amares tanto!
Com tudo isto, podia parecer que nos saberíamos de cor, que estaríamos num tal equilíbrio estático e imutável, porque há aquela ideia teimosa de que a perfeição é fixista, um estado último que, uma vez atingido, até o tempo se verga e curva. Então chegaría-se ao paraíso para constatar a eternidade das coisas mortas?!

Crescemos, mudamos.

Um equilíbrio? sim. Mas, um equilíbrio osmótico, onde a permuta é o propulsor de bem estar.

De facto, se morresse hoje, poderia dizer que a nossa amizade foi o meu grande feito.
É árduo baixar defesas, ainda para mais quande se tem o velho hábito em ser-se um forte cercado de um oceano sem fronteiras (como eu, como tu)...
Frequentemente, se estende a ponte, baixam-se as armas , mas o acesso restringe-se ao hall de entrada, divisão essa difusa e resguardada por homens, que na penumbra aponta as armas ao estrangeiro. Estar contigo é passear pela vida desnudo (e é o melhor antídoto do mundo!), é redefinirmo-nos naquilo que temos de melhor, em cada instante.

Eu estava sentada no precipício, com a cobardia melancolica no lado direito. Tu apróximaste-me, deste-me a mão, eu não olhei mais para trás e ainda bem que não saltei.
A verdade é que salvaste-me. E na minha prepotência máxima, com o meu síndrome de "Joana D'arc" procuro ser para quem olho e amo o que tu foste para mim...porque acho que todos precisam de alguém como tu, porque te acho a verdadeira ambrósia dos Deuses!

E julgar que não acreditavas que pudéssemos chegar tão longe...Ainda bem que não desisti, ainda bem que não fugiste.
A nossa amizade não é um romance, eu não sou Romeu e tu não és Julieta...no amor amoroso pomos os pés pelas mãos!
E, ainda assim, tenho a certeza de que a nossa amizade é das coisas mais belas do universo!

segunda-feira, agosto 10, 2009


TROCO SONHOS PREMONITÓRIOS POR INSÓNIAS, DE QUALQUER TIPO (ATÉ AS MALÉFICAS).

ERAM 3, UMA TRANSFIGUROU-SE EM MATÉRIA, A OUTRA VEM A CAMINHO E À TERCEIRA, TÃO NíTIDA, FAÇO VOTOS DE SILÊNCIO!