Gosto de viver.
Sim, na grande maioria dos dias.
Mas, só agora; antes não o sabia
E fingia que não gostava,
Sim, na grande maioria dos dias.
Salvo nos instantes em que te tinha.
Nesses havia o suave cheiro a orvalho
E o calor do verão no rosto,
Mesmo sem orvalho e sem verão,
Com a chuva salpicando o meu corpo.
Agora os dias sabem-me ao cheiro da terra molhada
E é verão.
Gosto destes dias em que invento o
Cheiro a terra molhada.
Sim, gosto de viver na garnde maioria dos dias.
Só não há mais orvalho,
Nem verão no inverno e sol na chuva.
Hoje sei me o luar de mim.
Não tenho noite e, se a tiver, é só porque
É o prenuncio da antemanhã:
Breve, suave e passageira.
Sou tanto quanto a Natureza
E fico feliz,
Naquele jeito de sorriso maturo dos anos que passam.
Só não há mais orvalho,
Nem verão no inverno e sol na chuva.
Então, de que é feito esse SÓ que pesa tanto?
(Quero-te)
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