Os meus acessos de febre têm um jeito dramático, gostam de se pavonear como se dum desfile de moda se tratasse; são escarlates, tão escarlates…ai!
Fazem me flutuar por entre nuvens de recordações, baralham-nas como cartas e servem os naipes conforme lhes dá gosto. Gostam das Copas e das Espadas.
“Sou um trapezista que percorre, sentado numa bicicleta, uma fina corda, tentando alcançar o outro lado: o lado das histórias.”; mas, eu estou deitado numa cama, mergulhado no cheiro nauseabundo da enfermidade…Quero não adormecer! Quero não me entregar aos fantasmas e sereias , eles levar-me-iam para tão longe, para um tempo já inexistente, extinto e abandonado… Não se vive no passado!
E, então, tu que chegas de lugar nenhum, poisas a tua mão fresca na minha testa quente e falas-me de praias além atlântico…falas, sabes que te oiço, bem perto? Estás aqui! Estás divertida nos meus cabelos e eu pergunto-te pelas tuas bolas de sabão…todavia, como me fazes ver, bolas de sabão só no pôr do sol, debaixo do beiral…de que casa? Oh, o que importa se me dás a mão e para lá me levas. Corremos os dois pela brisa e nas tuas bochechas coradas vejo as papoilas da nossa infância. E as “ladainhas” que se cantavam outrora ressoam-me ao ouvido, levando-me, de novo, para tão longe, onde tu não existes, onde eu aprendi a não ter tempo – ah, jogou-se, por fim, o às de espadas!
Por entre os meus dedos quebrados, nascem garras de leão e, contudo, pouco sinto o coração e cabeça leve de vazio põe-me a dormir…São acessos de febre, laivos de mim que escorrem por um fio.
Fazem me flutuar por entre nuvens de recordações, baralham-nas como cartas e servem os naipes conforme lhes dá gosto. Gostam das Copas e das Espadas.
“Sou um trapezista que percorre, sentado numa bicicleta, uma fina corda, tentando alcançar o outro lado: o lado das histórias.”; mas, eu estou deitado numa cama, mergulhado no cheiro nauseabundo da enfermidade…Quero não adormecer! Quero não me entregar aos fantasmas e sereias , eles levar-me-iam para tão longe, para um tempo já inexistente, extinto e abandonado… Não se vive no passado!
E, então, tu que chegas de lugar nenhum, poisas a tua mão fresca na minha testa quente e falas-me de praias além atlântico…falas, sabes que te oiço, bem perto? Estás aqui! Estás divertida nos meus cabelos e eu pergunto-te pelas tuas bolas de sabão…todavia, como me fazes ver, bolas de sabão só no pôr do sol, debaixo do beiral…de que casa? Oh, o que importa se me dás a mão e para lá me levas. Corremos os dois pela brisa e nas tuas bochechas coradas vejo as papoilas da nossa infância. E as “ladainhas” que se cantavam outrora ressoam-me ao ouvido, levando-me, de novo, para tão longe, onde tu não existes, onde eu aprendi a não ter tempo – ah, jogou-se, por fim, o às de espadas!
Por entre os meus dedos quebrados, nascem garras de leão e, contudo, pouco sinto o coração e cabeça leve de vazio põe-me a dormir…São acessos de febre, laivos de mim que escorrem por um fio.
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