Era uma vez uma criança,
Um rapaz, na idade da esperança,
Brindado com o dom de sonhar,
Fazio-o sem parar.
Ouvira contar uma história prodigiosa,
Na qual queria participar...
Partira então para o infame Monte da Forca.
Chamejando o seu coração,
Aliciando a imaginação.
De lá gritara três vezes,
Três vezes gritara:
-Abre-te, Monte da Forca!
O Monte permanecera ocioso, na inércia da Natureza,
Arreado pelo chão,
Estropiado pela imaginação,
Por lá continuara cerrado.
O pequeno chorara, com o tormento da desilusão...
O anátema do seu sonho,
A realidade asquerosa,
Rebelara a maldita imaginação.
Ao longe o balido de uma ovelha,
Um novo ser brindava o mundo,
Era tempo de encoirar as mágoas,
Lograr o prodígio da vida.
Este poema foi escrito por mim, três anos antes, quando tive a ocasião de ler o conto do Miguel Torga: "O Sésamo".
Agora aprendi que, entre centenas de outras coisas, não sei escrever poemas...nem me atrevo. Sou comumente desajeitada e devia-me deixar de escrever de todo!
1 pegadas:
Cristina, o poema está tão bonito! Como é que és capaz de dizer que não tens jeito para escrever? =O Quem dera a muitos escreverem como tu..
Beijinho grande * =D
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