terça-feira, dezembro 26, 2006



PALAVRAS
Às vezes irrita-me não saber quantas são as palavras que vêem no dicionário, não ser dona de toda a semântica do mundo inteiro, quem me dera a mim...as letrinhas limitadas, bem feitinhas, num papel fenomenalmente branco, escondendo as imperfeições que tornam o branco pouco branco, o branco é feito de todas as cores, as outras cores: as imperfeições; as palavras que só vivem no mundo branco da banalidade...Vocabulário popular, todos usam-no, ditam-no com razão, sem razão, e eu a desejar ser a criadora do meu discurso, num mundo tão extenso, mesmo se com uma prosódia desigual, o diálogo torna-se num dejá-vu...E então? Amaldiçoar Gregos e Romanos pelo alfabeto que herdámos? Talvez...Mas, na minha humilde forma, falta-me a coragem. Falta-ma? não! A ousadia que me penetra o estado cognitivo, vou inventar novas letras, letras que se desenhem com todas as cores que é feito o branco, letras que conjugam somente o que é fundamental. Letras para te dizer que te AMO, como ninguém no mundo diz, palavras que suportem tudo o que me faz desejar-te!

2 pegadas:

Mariana disse...

Num dicionário novo, com cores e brilho, o teu nome seria o reflexo da mais bonita paisagem do mundo...

Mariana Carvalho disse...

todos copiam.. inventa, cria tu mesma. pq isso sim, é ser-se original ;)