quinta-feira, junho 07, 2007




E ficou de braço esquecido, erguido para o infinito, à espera de quem o agarrasse, de quem o afagasse com um calor de quem ama e não teme. Sim, esperou, espera!
Foi há tanto tempo que lá a deixei, num ímpeto de a preservar numa recordação inabalável, numa imagem cândida, que de outro modo apodreceria em mim...E fico fitando-a, absorta naquele figurino que exala um aroma sereno e musical de amor, e fico, fico só, fico julgando-a saber decor como nem a mim sei, fico crendo numa perfeição irreal, num amor que não se cança de amar.
Hoje despeço-me: fui feita de espuma salgada sem mar por onde se desfazer, fui erodida por um tempo àspero que "não me gosta"; cambaleando segura nos braços da solidão procuro a morte, sei tão bem que vem para mim! Em sussurro, murmura-me baixinho: "Vem dançar comigo.".Eu vou.

Silêncio!!! Deixem-me morrer aos pouquinhos...




3 pegadas:

Joana Ferragolo disse...

gosto da forma como escreves.

Anónimo disse...

nunca me canso de ler o que escreves! =D *

Anónimo disse...

lindona,,,es linda em tudo...a tua escrita é divinal...