quinta-feira, novembro 08, 2007

ATÉ AO DIA DA MINHA MORTE

Escuto os violinos que cantam e naquelas cordas soa uma voz que me embala. As notas juro-as ver correr como se fugissem apressadas, já nem as vejo. E ainda assim, não preciso que sejam minhas para as sentir brotar-me por entre cada pedaço meu. Tomo-as como minhas e elas como se eu delas fosse.
Não sei sentir senão tudo, numa sinestesia exaltada, porque cada compasso é o mundo inteiro...
Dou por mim ansiando cada momento como derradeiro, tenho sede de viver!
Fico por aqui por toda a eternidade até ao dia anónimo da minha morte!



( Música"Grosse Fuge" De Beethoven)